O misterioso “dia escuro”
Em 19 de maio de 1780, aconteceu
um estranho fenômeno na Nova Inglaterra (EUA) e Canadá, conhecido como “Dark
Day” ou “Dia Escuro”.
Este assunto tem sido discutido há cerca de
232 anos por cientistas e historiadores. Teorias como vulcão, nuvem de fumaça,
asteroide, ou algo mais sinistro.
Na época, o caso gerou medo e
espanto na população, alguns advogados de Connecticut (EUA) acreditaram que
havia chegado o julgamento final, até por que nos dias que antecederam, a lua e
o sol apresentavam uma luz avermelhada.
O Departamento de Metereologia
levantou a hipótese de uma nuvem espessa ter baixado o suficiente para “fazer
as luzes das ruas acenderem e os carros terem que ligar os faróis".
Porém,
não tinha como uma simples nuvem ter provocado todos os acontecimentos daquele
dia, então esta hipótese foi descartada.
As hipóteses de eclipse e erupção
de um vulcão também foram descartadas, já que um eclipse dura somente alguns
minutos e a erupção do Eyjafjallajokull jogou cinzas na atmosfera provocando
até o cancelamento de vôos, além disso estas erupções podem gerar “cinzas
amarelas” e não há registro de atividade vulcânica naquela data.
A possibildade de um asteróide é
considerada improvável, porém não foi descartada. Para muitos cientistas as
respostas podem estar nas árvores.
Acadêmicos do Departamento de
Silvicultura da Universidade do Missouri (EUA), estudaram troncos de algumas
árvores da Nova Inglaterra, em uma "região onde prevalecem os ventos
vindos do oeste”, e acabaram encontrando "anéis com marcas de incêndio"
que datavam daquele período.
William Blake, professor da
Universidade de Plymouth (EUA), relata que houve também uma seca na região, em
1780, tornando possível um incêncio. Mas será que um "incêndio florestal”
seria capaz de causar um escurecimento?
Blake, comenta que já presenciou
incêndios na Austrália, e afirma: “quanto maior o incêndio, mais ele escurece o
céu, pois a combinação de fuligem e neblina pode fazer cair uma
escuridão".
O relato de algumas testemunhas
reforça esta hipótese, já que muitos afirmaram ter sentido um cherio estranho,
como de uma “casa de malte ou um forno à carvão". O mais estranho é que
esta não foi a primeira vez que isso ocorreu, de acordo com William Corliss
(físico e cronista de eventos inexplicáveis) entre 1091 e 1971 existiram cerca
de 46 dias escuros.
Em 1950, causado por um incêncio
em Alberta (EUA), houve um dia escuro que fez com que a população acreditasse
em um “ataque nuclear ou um eclipse solar, pois a escuridão era tanta que
parecia meia-noite para quem acordasse ao meio dia”.

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